domingo, 30 de junho de 2013

1º dia do Arraiá das Viúvas em Simões Filho - Reino das Quadrilhas Juninas



ARRAIÁ DAS VIÚVAS 2013: 1º dia foi um shows de alegria com o concurso de quadrilhas e Adelmário Coelho


Superando as expectativas mais otimistas, a primeira noite da Edição 2013 do Arraiá das Viúvas, confirmou-se o resgate das tradições históricas com a muitos anos não se presenciava, a cidade cenográfica transformou-se em uma passarela da alegria.

Concurso de quadrilhas Forró das Viúvas 2013 (449)

A Praça da Bíblia transformou-se em uma grande arena, as arquibancadas foram ocupadas pelas famílias, Crianças, Senhoras, Senhores e muitos Jovens, acomodaram-se para prestigiar o Concurso de Quadrilhas.
 
A FBAQ – Federação Baiana de Quadrilhas – Trouxe para Simões Filho, as quadrilhas:
Raízes do Iguape, Girassol do Iguape, Arrasta Pé do Sertão, Asa Branca, Balance, Brilho da Lua e como convidada especial a VEM QUE TEM, quadrilha simoesfilhiense, do Bairro Pitanguinha, que  foi conduzida com maestria pelo produtor cultural e Marcador, Valter Mangabeira.

Concurso de quadrilhas Forró das Viúvas 2013 (239)

O corpo de jurados, responsável pela difícil tarefa de julgar as quadrilhas concorrentes foi formado por: Profº Agnaldo Silva – Presidente, Ademário Ribeiro, Antônia Márcia P. Rodrigues, Gabriela Mel Santos, José Rodrigues Azaza, Tânia Santos.

Forró das viúvas 2013 Quadrilhas (107)

No palco alternativo o público era composto prioritariamente pela Juventude, onde todos compartilhavam da boa gastronomia junina, degustavam uma variada opção de bebidas “quentes”, em um clima ordeiro, descontraído e festivo.
 
O Secretário de Cultura, Secretário Jorge Sales, fez um balanço extremamente positivo sem ocorrências grave, registrado pelo sistema de Vídeo-Monitoramento tendo as Polícias Civil e Militar, em um trabalho coordenado, dado ás famílias presentes ao evento total garantia de preservação à ordem, trabalho bastante facilitado devido ao comportamento ordeiro, pacífico em uma demonstração coletiva de Educação e Civilidade, marcas registradas da comunidade de Simões Filho.

Concurso de quadrilhas Forró das Viúvas 2013 (188)

No Pronto Atendimento Médico, só houve registro de atendimentos relacionados à membros das quadrilhas participantes do concurso, que devido ao esforço durante as apresentações tinham alteração em suas pressões arteriais, ou sentiam-se fadigados, ante o esforço exigido em suas coreografias além da emoção devido a resposta dada pelo público. Não houve registro de atendimentos de maior gravidade, considerou-se como tranquilo os atendimentos se compararmos ao grande número de participantes, presentes, ao Arraiá das Viúvas.
 
A Câmara de Vereadores recebeu em um espaço muitíssimo bem decorado, montou uma estrutura de apoio, à Cidade Cenográfica, onde acolheu as autoridades que vieram prestigiar o Arraíá das Viúvas 2013.

Forró das viúvas 2013 Quadrilhas (103)

Eduardo Alencar – Prefeito, Manoel Almeida – Vice Prefeito, Joel Cerqueira – PT – Presidente da Câmara, Everton Paim – 1º Secretário da Câmara, Jailson Bispo – Líder do Governo, João Contador – PDT, Pastor Arnold – PSC, Pedro da Kombi, Elio Santos, Nivaldo “Neguinho” – PCdoB, Sergio Leite, Dr. Alfredo – Saúde, Verônica Anatólio – Educação – Mouzart – Obras, Aderbal Menezes – Sedec, Denyson Santana – Setran

Forró das viúvas 2013 Quadrilhas (102)

A comissão organizadora e as Secretárias que deram suporte ao evento, estão todos com o sentimento do dever cumprido, merece registro especial o apoio dos componentes da SESP, SETRAN, atuaram  com extrema dedicação na fiscalização, manutenção e conservação dos espaços públicos, agentes de segurança pública, Guarda Municipal, profissionais da Saúde, Defesa Civil.

Fonte: http://paginasimoesfilho.com.br/noticias/especiais/arraia-das-viuvas-2013-1o-dia-foi-um-shows-de-alegria-com-o-concurso-de-quadrilhas-e-ademario-coelho/

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Programação junina no Arraiá das Viúvas em Simões Filho



Simões Filho que já foi conhecido como Cotegipe nos Mapas Quinhentistas e Água Comprida (ex-distrito de Salvador), tem em sua história aspectos de relevância local, estadual e nacional. Temos nosso passado ameríndio, cultura canavieira, cultura popular com forte axé das matrizes africanas, Ponte sobre falha geológica para a emenda da Estrada das Boiadas, Quartel para os soldados libertários nas lutas  pela consolidação da Independência da Bahia, território para implantação do Centro Industrial de Aratu - CIA, mananciais e ecossistemas, mata atlântica, Baía e Porto de Aratu, atletas de destaques em diversas categorias e artistas em várias linguagens e gêneros, etc.
 
Aqui é também palco para que no período junino mantenha-se o tradicional Arraiá das Viúvas e que este ano conta a programação acima.
 
Venha para a praça! Venha curtir o Arraiá das Viúvas!
 
 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Independência da Bahia - ABI-BA publica livro sobre seu bicentenário

ABI-BA publica livro sobre bicentenário

Por Luis Guilherme Pontes Tavares em 04/06/2013 na edição 749
200 anos de imprensa na Bahia, de Luis Guilherme Pontes Tavares, edição da ABI-BA, Salvador, 2013
    
A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) acaba de publicar o livro 200 anos de imprensa na Bahia, no qual reúne artigos, pronunciamentos e documentos referentes às comemorações do bicentenário da instalação do primeiro prelo em território baiano. O livro recorda o feito do português Manoel Antônio da Silva Serva, sobretudo a publicação do jornal Idade d’Ouro do Brazil, que estreou em 14 de maio de 1811, e da revista As Variedades ou Ensaios de Literatura, que circulou entre janeiro e março de 1812.
 
O prefácio (abaixo) é do jornalista, publicitário e pesquisador colombo-brasileiro Nelson Varón Cadena e traduz a um só tempo o que é o livro e o que foram as comemorações do bicentenário.
 
Prefácio
 
A Bahia mal comemorou os seus 200 anos de imprensa transcorridos oficialmente em 14 maio de 2011, data de referência da primeira edição do jornal Idade d’Ouro do Brazil, iniciativa do comerciante Manoel Antônio da Silva Serva, proprietário do primeiro estabelecimento tipográfico instalado e operado no estado. Festejou também a Bahia, sem o devido entusiasmo, num círculo restrito de estudiosos e simpatizantes da história da imprensa baiana, os 200 anos das revistas no Brasil, evento alusivo a outra iniciativa do Serva aqui referido: o lançamento em janeiro/fevereiro de 1812 da primeira revista editada em nosso país com o nome de As Variedades ou Ensaios de Literatura.
 
Comemoramos timidamente esses eventos de grande importância para os baianos e não poderia ter sido diferente. Somos os únicos culpados por isso. A começar pelo fato, eu diria registro, de que abrimos mão do dever de casa e não entramos no mérito de pesquisas e a interpretação dos fatos em torno de nossa imprensa por alguns pesquisadores, ora comprometidos com uma visão politizada da mídia como instrumento de poder, ora desinformados quanto ao real conteúdo das publicações que referenciaram as efemérides aqui mencionadas. O resultado dessa omissão histórica, agravada pela inexistência de coleções do primeiro jornal baiano em nossas bibliotecas e arquivos públicos, é que prevaleceu uma visão tacanha e comedida, clichês que nos foram impostos e que nunca conseguimos superar e reverter.
 
Nesse contexto, o jornal Idade d’Ouro do Brazil foi desprovido de seus valores, descaracterizado no texto, apequenado na sua linha editorial, reduzido a um momento específico de sua história; avaliado o seu conteúdo, não dos 12 anos em que circulou, mas pelo filtro dos dois últimos anos de sua existência quando se opôs à causa da Independência e, embora com objetivos diferentes, alinhou-se com o Semanário Cívico e Minerva Baiense na defesa dos interesses defendidos a ferro e fogo pelo comandante das Armas da Província da Bahia, general Madeira.
 
Decisão lamentável
 
Esse olhar afunilado reduziu os valores do Idade d’Ouro do Brazil a um preconceituoso clichê de áulico, dentre outros rótulos-chavões que lhe foram imputados e se multiplicaram como únicas e verdadeiras referências do primeiro jornal baiano, no contexto da história da mídia brasileira. Uma verdade tão definitiva que nem o resgate textual, esse sim mais voltado para o conteúdo do que para a interpretação de um momento político, de Maria Beatriz Nizza da Silva, em seu livro A primeira gazeta da Bahia, conseguiu reverter. Prevaleceram e prevalecem as letras consolidadas de uma leitura vaga e segmentada, sobre uma leitura de fato ampla e descompromissada.
 
Esta questão pode parecer irrelevante, mas, não é. Se as duas datas de maior importância para a imprensa baiana passaram quase despercebidas, inclusive na própria mídia, é porque as publicações de referência das efemérides aqui mencionadas não foram introduzidas e muito menos priorizadas como assunto relevante na matéria História da Bahia nos estabelecimentos de ensino do estado ou nas universidades, nas matérias afins. Abrimos mão disso. Não criamos uma cultura de valor para as duas publicações e não se culpe apenas o poder público. Que interesse teria para essa geração, que não se motivou e não se deu conta das modestas comemorações dos 200 anos de imprensa na Bahia, lembrar a existência de um periódico cuja único préstimo é ter sido um áulico?
 
Reflexões à parte, este livro de Luis Guilherme Pontes Tavares resgata todas as iniciativas que visavam abrilhantar as comemorações dos 200 anos da imprensa da Bahia e 200 anos das revistas no Brasil. Iniciativas das quais Luis Guilherme foi protagonista, quando não incentivador, articulador; um sentimento que o leitor poderá aferir com maior precisão quando se debruçar sobre a leitura dos artigos publicados pelo jornalista, como também da transcrição de conferências de sua autoria em centros de pesquisa e de ensino, aqui reproduzidas.
 
O empenho de Luis Guilherme pelo resgate da história da imprensa baiana e em particular pelas primeiras publicações é uma obviedade. Como idealizador e diretor do Núcleo de Estudos da História dos Impressos da Bahia (Nehib), acompanhou de perto e contribuiu com sugestões, colaborações, editoração, com praticamente todas as publicações sobre a memória da imprensa baiana editadas nos últimos quinze anos, assim como na gestão e divulgação de eventos correlatos. Manteve acesa uma chama que não se apaga, mas também não se expande, pela pouca relevância da cultura baiana, nestes tempos de crise de identidade e de valores.
 
Esta publicação é dedicada a Renato Berbert de Castro, notável e devotado pesquisador que aprofundou os estudos em torno da tipografia de Manoel Antonio da Silva Serva e seus descendentes e legou-nos uma obra inédita, além das já publicadas de sua autoria: um catálogo contendo as publicações da Tipografia Serva, que o autor deste livro chama de servinas, em todo o período de sua existência: 1811-1846. Berbert de Castro deixou os originais para serem entregues a Luis Guilherme após sua morte e assim foi feito. Mas a sua intenção implícita, que era ver editada a publicação, não foi cumprida, segundo nos relata o autor: a família do bibliófilo não autorizou o prosseguimento do projeto. Uma lamentável e incompreensível decisão que nos priva de enriquecer a já limitada bibliografia sobre o assunto.
 
***
Luis Guilherme Pontes Tavares é jornalista

Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed749_abi_ba_publica_livro_sobre_bicentenario

sábado, 22 de junho de 2013

Escritores e Artístas Indígenas fundam a DIROÁ - AssEArIn


Eu e Edson Kayapó fomos convidados pelo Diretor do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual – INBRAPI, Daniel Munduruku, e pelo Coordenador do  Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas - NEArIn, Cristino Wapichana, para coordenarmos os trabalhos de concepção, constituição, fundação, eleição e posse de uma Associação que congregasse os escritores e artistas indígenas dos mais diversos povos indígenas no Brasil, inicialmente, os oriundos do NEArIn, que vêm se reunindo ao longo de 10º através do Encontro de Escritores e Artistas – EEAI, em eventos compartilhados com o Salão do Livro para Crianças e Jovens da (FNLIJ) - Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil evento, na cidade do Rio de Janeiro.

Após as três assembleias nos dias 10, 11  e 13 de junho, com esta finalidade, foi  fundada para a representatividade legal dos escritores e artistas indígenas a bem da literatura indígena e das comunidades dos povos indígenas e do povo Brasileiro a DIROÁ – Associação de Escritores e Artistas Indígenas – AssEArIn.

Seu nome de significado indígena - Uma tentativa de socializar sobre a nominação DIROÁ, a qual foi assim escolhida em seguidas rodas de conversas, e decidida na tarde do dia 13 de junho de 2013.

DIROÁ. Na tradição dos povos do Rio Negro, enfaticamente, entre os Tariano e Desana -, os Diroá são seres fantásticos, encantados, místicos, grandes pensadores que têm a dimensão dual do ser humano, portanto, podem fazer o Bem e o Mal, e, ao controlar entes e situações, podem transformar atitudes negativas em positivas. Na  língua Xavante tem o sentido de Grupo de Formação (inicial) para diversos fins de suas vidas e seu cotidiano.

Os escritores e artistas indígenas são criadores que têm como princípio a dimensão humana de produzir nas artes a filosofia e estética  do belo em sintonia cosmológica de sua ancestralidade e sua contemporaneidade, dentro e fora de suas comunidades.

Enfim, no dia de junho de 2013, às 15h00, fundamos, elegemos e demos posse a Diretoria da DIROÁ – AssEArIn, cujo, primeiro mandato ficou assim constituído:

Primeiro Presidente: Cristino Pereira dos Santos; Segundo Presidente: Edson Machado de Brito; Primeiro Secretário: Rosilene Fonseca Pereira; Segundo Secretário: Maria das Graças Ferreira; Primeiro Tesoureiro: Manoel Fernandes Moura; Segundo Tesoureiro: Carlos Tiago dos Santos; Coordenadores Regionais do Norte: Jaime Moura Fernandes e Elias Seixas Reis; do Nordeste: Ademario Souza Ribeiro; do Centro-oeste: José Márcio Xavier de Queiroz, Marcelo Manhuari Munduruku e Caimi Waiassé Xavante; do Sul e Sudeste: Olívio Zeferino da Silva.

De acordo com o Estatuto em seu Art. 15º Associados fundadores da DIROÁ - AssEArIn são aqueles que participaram de sua criação, assinaram o livro de presença e se comprometeram com as suas finalidades e os indicados pelos assembleianos, como Fundadores Beneméritos, em ordem alfabética: Ailton Krenak, Álvaro Tukano, Daniel Munduruku, Eliane Potiguara, Elizabeth D'angelo Serra, Graça Graúna e Raoni Menkture.
Fotos diversos do processo:



 
 
 
 
 
Celebrando nossos ancestrais e na contemporaneidade ampliando as fronteiras e parcerias para que a Literatura e Saberes indígenas sejam conhecidas e valorizadas em meio a esse mega caldeirão da diversidade étnico e cultural do Brasil.
 
Até breve!
 
 
 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Escritor juarense Marcelo Manhuari lançou seu livro em evento no Rio de Janeiro

 

Publicado em 17/06/2013 às 15:58:15
Fonte: Acesse Noticias.
Escritor juarense Marcelo Manhuari lançou seu livro em evento no Rio de Janeiro.
Escritor juarense Marcelo Manhuari lançou seu livro em evento no Rio de Janeiro.
              
O escritor indígena juarense, Marcelo Manhuari, lançou no 15° Encontro da Fundação Nacional do Livro Juvenil que aconteceu no Rio de Janeiro, o seu livro “A cidade das águas profundas”. O evento foi acompanhado por vários parceiros do movimento da literatura indígena.
O livro “A cidade das águas profundas” foi publicado pela editora Melhoramentos, que sempre dá oportunidades para novos escritores, e particularmente aos indígenas. Quem tomou conhecimento do material de Marcelo, foi o próprio Daniel Mundurucu que após analisar o conteúdo indicou a editora e se incumbiu de ser o agente literário da obra.

Ao todo são pelo menos três mil exemplares já impressos, que serão distribuídos em todo território nacional, o material inicialmente distribuído pela própria editora e comercializado nas principais livrarias do pais.

No vale do Arinos, com o lançamento do livro de Marcelo Manhuari, surgiu a ideia da criação da Associação de Artistas Escritores Indigenas para facilitar o trabalho de lançamento e divulgação de obras literárias.

Fonte: http://www.radiotucunare.com.br/noticia/escritor-juarense-marcelo-manhuari-lancou-seu-livro-em-evento-no-rio-de-janeiro#.UcNay4e5fIV

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Índios, os estrangeiros nativos - Eliane Brum

A dificuldade de uma parcela das elites, da população e do governo de reconhecer os indígenas como parte do Brasil criou uma espécie de xenofobia invertida, invocada nos momentos de acirramento dos conflitos

 Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista. Autora de um romance - Uma Duas (LeYa) - e de três livros de reportagem: Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua  -  (Foto: Lilo Clareto/Divulgação)
ELIANE BRUM

Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista. Autora de um romance - Uma Duas (LeYa) - e de três livros de reportagem: Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua  -  (Foto: Lilo Clareto/Divulgação)
 
 
Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista. Autora de um romance - Uma Duas (LeYa) - e de três livros de reportagem: Coluna Prestes – O avesso da lenda (Artes e Ofícios), A vida que ninguém vê (Arquipélago, Prêmio Jabuti 2007) e O olho da rua - uma repórter em busca da literatura da vida real (Globo).
elianebrum@uol.com.br
Twitter:@brumelianebrum
(Foto: Lilo Clareto/ Divulgação)


A volta dos indígenas à pauta do país tem gerado discursos bastante reveladores sobre a impossibilidade de escutá-los como parte do Brasil que têm algo a dizer não só sobre o seu lugar, mas também sobre si. Os indígenas parecem ser, para uma parcela das elites, da população e do governo, algo que poderíamos chamar de “estrangeiros nativos”. É um curioso caso de xenofobia, no qual aqueles que aqui estavam são vistos como os de fora. Como “os outros”, a quem se dedica enorme desconfiança. No processo histórico de estrangeirização da população originária, os indígenas foram escravizados, catequizados, expulsos, em alguns casos dizimados. Por ainda assim permanecerem, são considerados entraves a um suposto desenvolvimento. A muito custo foram reconhecidos como detentores de direitos, e nisso a Constituição de 1988 foi um marco, mas ainda hoje parecem ser aqueles com quem a sociedade não índia tem uma dívida que lhe custa reconhecer e que, para alguns setores – e não apenas os ruralistas –, seria melhor dar calote. Para que os de dentro continuem fora é preciso mantê-los fora no discurso. É isso que também temos testemunhado nas últimas semanas. 

Entre os exemplos mais explícitos está a tese de que não falam por si. Aos estrangeiros é negada a posse de uma voz, já que não podem ser reconhecidos como parte. Sempre que os indígenas saem das fronteiras, tanto as físicas quanto as simbólicas, impostas para que continuem fora, ainda que dentro, é reeditada a versão de que são “massas de manobra” das ONGs. Vale a pena olhar com mais atenção para essa versão narrativa, que está sempre presente, mas que em momentos de acirramento dos conflitos ganha força. 

Desta vez, a entrada dos indígenas no noticiário se deu por dois episódios: a morte do terena Oziel Gabriel, durante uma operação da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, e a paralisação das obras de Belo Monte, no Pará, pela ocupação do canteiro pelos mundurucus. O terena Oziel Gabriel, 35 anos, morreu com um tiro na barriga durante o cumprimento de uma ordem de reintegração de posse em favor do fazendeiro e ex-deputado pelo PSDB Ricardo Bacha, sobre uma terra reconhecida como sendo território indígena desde 1993. Pela lógica do discurso de que seriam manipulados pelas ONGs, Oziel e seu grupo, se pensassem e agissem segundo suas próprias convicções, não estariam reivindicando o direito assegurado constitucionalmente de viver na sua área original. Tampouco estariam ali porque a alternativa à luta pela terra seria virar mão de obra barata ou semiescrava nas fazendas da região, ou virar favelados nas periferias das cidades. Não. Os indígenas só seriam genuinamente indígenas se aceitassem pacífica e silenciosamente o gradual desaparecimento de seu povo, sem perturbar o país com seus insistentes pedidos para que a Constituição seja cumprida. Aí já há uma pista para o que alguns setores da sociedade brasileira entendem como identidade “verdadeira”: ser índio seria, quando não desaparecer, ao menos silenciar. 

No caso dos mundurucus, questionou-se exaustivamente a legitimidade de sua presença no canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, por estarem “a 800 quilômetros de sua terra”. De novo, os indígenas estariam extrapolando fronteiras não escritas. Os mundurucus estavam ali porque suas terras poderão ser afetadas por outras 14 hidrelétricas, desta vez na Bacia do Tapajós, e pelo menos uma delas, São Luiz do Tapajós, deverá estar no leilão de energia previsto para o início de 2014. Se não conseguirem se fazer ouvir agora, eles sabem que acontecerá com eles o mesmo que acabou de acontecer com os povos do Xingu. Serão vítimas de um outro discurso muito em voga, o da obra consumada. A trajetória de Belo Monte mostrou que a estratégia é tocar a obra, mesmo sem o cumprimento das condicionantes socioambientais, mesmo sem a devida escuta dos indígenas, mesmo com os conhecidos atropelamentos do processo dentro e fora do governo, até que a usina esteja tão adiantada, já tenha consumido tanto dinheiro, que parar seja quase impossível.  

Adiantaria os mundurucus gritarem sozinhos lá no Tapajós, para serem contemplados no seu direito constitucional, respaldado também por convenção da Organização Internacional do Trabalho, de serem ouvidos sobre uma obra que vai afetá-los? Não. Portanto, eles foram até Belo Monte se fazer ouvir. Mas, como são indígenas, alguns acreditam que não seriam capazes de tal estratégia política. É preciso resgatar, mais uma vez, o discurso da manipulação – ou da infiltração. Já que, para serem indígenas legítimos, os mundurucus teriam de apenas aceitar toda e qualquer obra – e, se fossem bons selvagens, talvez até agradecer aos chefes brancos por isso.  

Quando os indígenas levantam a voz, a voz não seria sua. Seria de um outro, a quem emprestam o corpo. Ninguém é ingênuo a ponto de acreditar que o discurso dos indígenas como massa de manobra seja inocente. Ele serve a muitos interesses, inclusive o de tirar do foco os reais interesses sobre as terras indígenas de quem o difunde. Mas esse discurso não teria ressonância se não tivesse a adesão de uma parte significativa da população brasileira. E esta adesão se dá, me parece, por essa espécie de xenofobia invertida. Estes “estrangeiros nativos” ameaçariam um suposto progresso, já que seu conhecimento não é decodificado como um valor, mas como um “atraso”, sua enorme diversidade cultural e de visões de mundo não são interpretadas como riqueza e possibilidades, mas como inutilidades. Neste sentido, há uma frase bastante reveladora de como esse olhar – ou não olhar – contamina amplas parcelas da sociedade, inclusive no governo. Ao falar em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em dezembro passado, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que sua pasta atendia “da toga à tanga”. Entre os dois extremos, podemos ver em qual deles o ministro situa o ápice da civilização e também o seu oposto.  

Há ainda uma dupla invocação do estrangeiro nesse discurso, já que a única coisa pior do que ser “massa de manobra” de ONGs nacionais seria ser das estrangeiras. Evocar a ameaça externa parece sempre funcionar, como naqueles SPAMs, que volta e meia reaparecem, de que “os gringos estão invadindo a Amazônia” – esta também, tão nossa que podemos destruí-la, tarefa a que temos nos dedicado com afinco. Ao denunciar uma suposta apropriação do corpo simbólico dos indígenas por outros, o que se revela, de fato, é a frustração porque esse corpo não se deixa expropriar e manipular pelas elites como antes. Porque apesar de todas as violências, há uma voz que ainda escapa – e que demanda o reconhecimento de seu corpo-terra, de seu pertencimento. Aquele que é visto como o de fora se torna um incômodo quando diz que é parte. 

Vale a pena prestar atenção em quem amplifica o discurso dos indígenas como “massa de manobra”, para verificar que fazem exatamente o que acusam outros de fazer: afirmam o que os indígenas, todos eles, precisam e querem. Parece haver um consenso, inclusive, de que o verdadeiro desejo dos indígenas seria se tornar um trabalhador assalariado e urbano ou, pelo menos, o beneficiário de algum programa de transferência de renda do governo.

Nesta posição, eles não atrapalhariam ninguém – e menos ainda os produtores rurais. Este é o momento chave para a entrada de outro discurso recorrente: o de que os indígenas querem terra “demais”. Basta fazer as contas, como fez o jornalista Fabiano Maisonnave, na Folha de S. Paulo: com uma população de 28 mil indígenas em Mato Grosso do Sul, os terenas têm sete reservas, somando cerca de 20 mil hectares; já o produtor rural Ricardo Bacha, em cuja fazenda foi morto o terena Oziel Gabriel, tem cerca de 6.300 hectares, dos quais 800 em litígio. Se é de concentração de terra na mão de poucos que se pretende falar, há muitos números ilustrativos que podem ser citados. Outro dado interessante vem de uma pesquisa da Embrapa, citada em artigo do engenheiro florestal Paulo Barreto, no site O Eco: há 58,6 milhões de hectares de pastos degradados pela pecuária, o equivalente a 53% da área total de terras indígenas. “A Embrapa tem demonstrado que já existem as tecnologias para aumentar a produtividade dos pastos degradados. Assim, ocupar terra indígena é, além de inconstitucional, prova de incompetência”, afirma Barreto. A Embrapa é um dos novos atores que deverão ser chamados para opinar sobre as demarcações, numa manobra para esvaziar a Funai e agradar a bancada ruralista.   

O lugar de estranho indesejado,supostamente sem espaço no Brasil que busca o desenvolvimento, tem permitido todo o tipo de atrocidades contra indivíduos e também contra etnias inteiras ao longo da história. Seria muito importante que cada brasileiro reservasse meia hora ou menos do seu dia para ler pelo menos as primeiras 16 páginas do resumo do Relatório Figueiredo, um documento histórico que se acreditava perdido e que foi descoberto no final de 2012 por Marcelo Zelic, vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, de São Paulo. No total, o procurador Jáder Figueiredo Correia dedicou 7 mil páginas para contar o que sua equipe viu e ouviu. A íntegra também está disponível na internet.  

O relatório, datado de 1968, documentou o tratamento dado aos povos indígenas pelo extinto Serviço de Proteção aos Índios (SPI). Entre os crimes, cujos responsáveis foram nominados, mas jamais punidos, estão os “castigos” infligidos pelos funcionários aos indígenas, como crucificações e uma tortura conhecida como “tronco”, na qual a vítima tinha o tornozelo triturado. Crianças eram vendidas para abusadores, mulheres, estupradas e prostituídas. Duas aldeias de pataxós, na Bahia, foram dizimadas para atender aos interesses de políticos de expressão nacional da época.Uma nação indígena inteira foi extinta por fazendeiros, no Maranhão, sem que os funcionários sequer tentassem protegê-la. O procurador cita a possível inoculação do vírus da varíola em uma etnia de Itabuna, na Bahia, para que as terras fossem liberadas para “figurões do governo”, assim como o extermínio de um grupo de cintas-largas, em Mato Grosso, de várias formas: atirando dinamite de um avião e adicionando estricnina ao açúcar, além de caçá-los e matá-los com metralhadoras. O massacre ocorreu em 1963, ainda no período democrático, portanto, e os que ainda assim sobreviveram foram rasgados com o facão, “do púbis a cabeça”.

A lista é longa. É importante ressaltar que tudo isso não se passou na época de Pedro Álvares Cabral, nem mesmo no tempo dos bandeirantes, mas na década de 60 do século XX. Praticamente ontem, do ponto de vista histórico. Cabe enfatizar ainda que os crimes foram infligidos aos indígenas, num comportamento disseminado por todo o país, por representantes do Estado brasileiro. Menciono o relatório não só porque acredito que precisamos conhecê-lo, mas porque ele demonstra que tipo de olhar permite que atrocidades dessa ordem tenham se tornado uma política não oficial, mas exercida como se fosse – e não por um único psicopata, mas por dezenas de funcionários e suas esposas, com o apoio e às vezes a ordem da direção do órgão criado para proteger os povos tradicionais. Para estas pessoas, o corpo dos indígenas era território a ser violado, como violada foi a sua terra. Como aqueles sem lugar, os indígenas não eram reconhecidos como iguais, nem mesmo como humanos. Eram o que, então? O procurador responde: “Tudo como se o índio fosse um irracional, classificado muito abaixo dos animais de trabalho, aos quais se presta, no interesse da produção, certa assistência e farta alimentação”.

Para quem imagina que este capítulo é parte do passado, vale a pena lembrar que apenas nos últimos dez anos, nos governos Lula-Dilma, foram assassinados 560 indígenas. A Constituição precisa ser cumprida, as demarcações devem ser feitas, os fazendeiros que possuem títulos legais, distribuídos pelo governo no passado, têm direito a ser indenizados pelo Estado. Mas há um movimento maior, mais profundo, que é preciso empreender. Como “estrangeiro nativo”, uma impossibilidade, só é possível perpetuar a violência. É necessário fazer o gesto, também em nível individual, de reconhecer o indígena como parte, não como fora. Para isso é preciso primeiro desejar conhecer, o gesto que precede o reconhecimento. Só então o Brasil encontrará o Brasil.

Fonte:.http://revistaepoca.globo.com//Sociedade/eliane-brum/noticia/2013/06/indios-os-estrangeiros-nativos.html

sábado, 8 de junho de 2013

Para entender porque matam os índios

O caso da demarcação das terras indígenas no Mato Grosso do Sul ou em qualquer outro estado do país não está fora do contexto desse avanço e fortalecimento do agronegócio
06/06/2013
 
Elaine Tavares
 
No início do século XX, o Brasil decidiu expandir suas fronteiras agrícolas, fortalecendo a sua posição de país dependente, exportador de matérias primas. Era necessário então avançar pelo interior, abrir caminhos para a pecuária e a agricultura. Aí entrou em cena o Marechal Rondon, que sonhava com uma convivência pacífica entre índios e brancos: "morrer sim, matar, jamais". Mas, esse legado de humanidade se perdeu no tempo. "Pacificados," os indígenas chamados a se "civilizar", a entrar no ritmo da sociedade branca, foram perdendo sua identidade, suas raízes, sua cultura. Outros, renitentes, foram alojados em reservas, como se fossem bichos exóticos, com suas terras diminuídas e tutelados pelo estado. O território "pacificado" ganhou escrituras, donos, cercas. E aos verdadeiros donos do território restou a nostalgia de um tempo em que eles podiam viver à sua maneira.
 
Agora, durante o mais novo ciclo de desenvolvimento dependente brasileiro, que teve início no governo Lula, é justamente essa dita fronteira agrícola que busca se expandir outra vez e, de novo, às custas dos povos originários ou dos camponeses sem terra. Mas, quando falamos em agricultura não está em questão aquela que produz comida para a mesa dos brasileiros, e sim a de exportação, que na linguagem empresarial ganhou o pomposo nome de agronegócio. Pois esse negócio (o agrobussines) representa mais de 22% da riqueza total produzida no país, o que não é pouca coisa. Só a China tem importado mais de 380 milhões de dólares em produtos agrícolas, bem como os Estados Unidos que encosta nessa mesma cifra.
 
Segundo informações do governo federal (http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/setores-da-economia/agronegocio - dados de 2011) , os produtos de maior destaque que saem do país são as carnes (US$ 1,14 bilhão); os produtos florestais (US$ 702 milhões); o complexo soja - grão, farelo e óleo (US$ 685 milhões); o café (US$ 605 milhões) e o complexo sucroalcooleiro - álcool e açúcar (US$ 372 milhões). Nota-se que a maior parte da exportação diz respeito a grãos (que no geral servem para alimentar animais) e madeira, dois legítimos representantes da monocultura destruidora de terra.
 
Cálculos do governo apontam para o sucessivo crescimento da produção de grãos, principalmente a soja, que tem aumentado a área plantada em 2,3% ao ano. Não é por acaso, então, que o Mato Grosso do Sul seja o principal foco de disputa de terra e de violência contra os indígenas. É justamente a região centro-oeste a responsável por 45% da produção de soja. E é lá também onde existe uma grande parcela do povo autóctone, esperando demarcação de suas terras.
 
A partir do ano de 2003 outra fronteira começou a se alargar na plantação de soja, atualmente outro espaço de violentas disputas, a da região da caatinga e a parte nordestina da Amazônia. Também não é sem razão que o governo esteja levando adiante obras gigantescas como as Hidrelétricas na Amazônia e a transposição do Rio São Francisco. Tudo isso é para atender a demanda dessas plantações. E é sempre bom frisar: não é comida para o povo, é produto de exportação. Vai para fora do país.
 
Não bastassem os projeto mirabolantes para beneficiar o agronegócio, o governo também disponibiliza, através do Plano Safra, crédito a juros abaixo do mercado. Ou seja, os mais ricos pagam menos pelos empréstimos, enquanto os pequenos, que plantam a comida que vai para a mesa da população, amargam juros altos e falta de apoio. Também está em andamento o Plano Estratégico do Setor Sucroalcooleiro, que visa ampliar a área de cana-de-açúcar para a produção do etanol. mais uma vez, não é comida o que essa gente produz.
 
A lógica é a de sempre: garantir rentabilidade para poucos donos de terra, reforçar o sistema agroexportador, apoiar a ação de multinacionais predadoras, e seguir o caminho de dependência econômica, já que produtos agrícolas de baixo valor agregado tornam a economia bastante vulnerável. Mas, ao que parece isso não importa. O que vale é seguir investindo nos grandes produtores para manter a balança em superávit, mesmo que isso precise custar soberania, destruição ambiental e morte daqueles que ousam "atrapalhar" o esquema.
 
Assim, na mesma semana em que indígenas são assassinados no Mato Grosso do Sul, o governo anuncia mais um pacote de 136 bilhões de reais para a agricultura empresarial (o agronegócio). É a completa rendição.
 
O caso da demarcação das terras indígenas no Mato Grosso do Sul ou em qualquer outro estado do país não está fora do contexto desse avanço e fortalecimento do agronegócio. Os fazendeiros querem mais terras e não estão dispostos a permitir que seres que eles consideram "inúteis" vivam sua cultura de equilíbrio ambiental e desenvolvimento fora do ritmo capitalista. Para aqueles que apenas conseguem enxergar os números da bolsa de Nova Iorque, a população indígena é um entrave que precisa ser retirado do caminho a qualquer custo. Para isso contratam jagunços e mandam bala. Fazem ouvidos moucos ao clamor que se levanta.
 
Ajudados pela mídia comercial, dominada pela elite que verdadeiramente governa o país, esses empresários rurais conseguem também entrar na cabeça das gentes, fertilizando um discurso racista, preconceituoso e violento. Pessoas simples, trabalhadores, gente que deveria ser solidária aos indígenas na sua luta pelo direito de viverem em suas terras, acabam reproduzindo o mantra diariamente veiculado na televisão: que os índios são vagabundos, que não querem trabalhar, que não precisam de terra, que vão vender os terrenos, que vão explorar a madeira, e assim por diante. "Compram" a mentira diuturnamente produzida e tornam-se cúmplices de mais um massacre da população originária, verdadeira dona desse lugar.
 
Não bastasse isso o governo federal se curva aos interesses da classe dominante e emprega a força bruta para atacar manifestações legítimas dos povos indígenas e das gentes que apoiam a causa originária.
 
O conflito que temos visto se explicitar nas estradas do Mato Grosso do Sul, na Amazônia e até aqui, no Morro dos Cavalos, nada mais é do que a luta de classe, típica do capitalismo. De um lado, o latifúndio defendendo seus interesses, do outro, os explorados, buscando vida digna. E, no meio disso tudo uma nação alienada pela constante deformação informativa da mídia comercial que transforma em inimigo aqueles que são as vítimas do sistema.
 
A saída para esse imbróglio é a luta mesma. Nada será concedido pelo governo, que já se ajoelhou diante do agronegócio. Agora, o desafio é tirar o véu do conflito, escancarar as causas, abrir os olhos dos entorpecidos pela mídia. E isso, sabemos, é coisa difícil demais. Mas, também não é coisa que deva nos imobilizar. Pelo contrário. Nessa hora em que os irmãos indígenas enfrentam as balas e a morte, é preciso apoio concreto e efetivo. O bom mesmo seria que as gentes saíssem para a rua em solidariedade à luta indígena. Enquanto isso não acontece vamos fazendo o trabalho de formiga, levando outra informação, para que as cabeças possam compreender o direito dos indígenas.
 
Não é possível que os sindicatos e os movimentos sociais não se levantem em apoio. Não é possível que as gentes brasileiras não se co/movam com o drama de uma gente que perdeu tudo o que era seu e que hoje vive confinada em reservas. O que fizeram para serem prisioneiros do estado e da sociedade? Que crime cometeram além de estarem aqui, criando suas famílias, quando os invasores chegaram? Por que precisam pagar pelo fato de existirem e quererem seguir vivendo sua cultura?
 
O que farias tu se alguém chegasse na tua casa e te arrancasse dali sob o pretexto de que é preciso passar por ali o progresso - mas não de todos, apenas de alguns? Porque o direito do agronegócio é maior do que o de uma comunidade inteira?
 
Essas são perguntas que não querem e não podem calar. Todo apoio aos irmãos indígenas!
 
Elaine Tavares é jornalista.
 

Assassinatos de índios aumentam nos governos de Lula e Dilma

Número de índios assassinados aumenta 168% nos governos Lula e Dilma, aponta jornal

Do UOL, em São Paulo
08/06/201313h09

Nos mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e nos dois primeiros anos de de governo de Dilma Rousseff, 560 índios foram assassinados no país, o que dá uma média de 56 por ano. Isso representa um crescimento de 168,3% em relação à média dos oito anos do governo FHC (1995-2002). Os números fazem parte de um levantamento do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), órgão ligado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e divulgados pelo jornal "O Globo" neste sábado (8).

Nos dois primeiros anos do governo Dilma, 108 índios foram assassinados. Foram 51 mortes em 2011 e 57, em 2012. No governo FHC, a média foi de 20,9 assassinatos de índios por ano.

Segundo o Cimi, 167 índios foram mortos de 1995 a 2002. O número subiu para 452 no governo Lula (2003-2010), um crescimento de 170,7%.

A Força Nacional de Segurança chegou no final da manhã desta sexta-feira (7) a Sidrolândia (71 km de Campo Grande), onde na semana passada um índio de 35 anos de idade morreu baleado durante confronto com policiais federais e militares que cumpriam mandado de reintegração de posse. Foi também em Sidrolândia que, nesta semana, outro indígena levou um tiro nas costas disparado supostamente por capangas da fazenda Buriti, situada no município.

Os 110 homens da Força devem ficar na região por prazo de 180 dias, segundo informou nessa quinta-feira (6) o major e comandante da corporação, Luiz Alves. "Não estamos aqui para fazer reintegração, e sim para pacificar", disse o comandante, durante reunião com lideranças indígenas, Funai, Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

Os militares, segundo o comandante Alves, vão centrar a atenção nas zonas de conflito. Na região, quatro fazendas foram ocupadas por índios: Cambará, Santo Antônio, Lindóia e Buriti. A Força vai fazer rondas em frente as fazendas, nas aldeias e ainda nas estradas vicinais. A distância da cidade de Sidrolândia até a entrada das fazendas e aldeias é de 24 km.

O líder indígena Otoniel Gabriel disse que os índios concordaram com a ideia de a Força ficar por seis meses na região. Mesmo com a presença dos homens, dois produtores rurais da região, cujas fazendas não foram invadidas, entraram com pedido de habeas corpus e o Tribunal de Justiça, por meio de decisão do desembargador João Maria Lós, concedeu a eles o amparo de não precisar sair da área em caso de invasões.

Donos das áreas ocupadas saíram das propriedades por determinações dos índios. A decisão favoreceu os donos das fazendas Furnas da Estrela e Vassouras, segundo o advogado Newley Amarilha, que cuida das duas causas.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/08/numero-de-indios-assassinados-aumenta-168-nos-governos-lula-e-dilma-aponta-jornal.htm

terça-feira, 4 de junho de 2013

Terena e os ‘outros 500’


Egon Dionísio Heck
Adital
Gildo Terena avança, resoluto diante do batalhão de choque, que com suas armas antimotim tenta impedir a marcha indígena, que se dirigia a Porto Seguro, onde a invasão começou. Era 22 de abril do ano 2000.
Como Terena e pensando na luta de todos os povos indígenas do país se ajoelha e abre os braços em forma de cruz. Suplica as policiais que não matem os índios. Vendo que os enfurecidos policiais continuavam sua marcha violenta contra os eles, se deita no asfalto e a tropa passa por cima. O fato e a foto correram o mundo. Os povos indígenas do Brasil fizeram a grande marcha de retomada da esperança, de seus sonhos, de suas lutas.
Um grupo familiar de seu povo havia saído da Terra Indígena Buriti, na década de 80, pela impossibilidade de continuarem sobrevivendo em reduzido espaço de terra. Em busca de um pedaço de terra, já haviam perambulado por vários lugares, sem que o governo se dignasse lhes garantir um pedaço de chão para trabalhar e viver em paz.
Manhã do dia de Corpus Christi. Um batalhão da polícia federal e militar do Mato Grosso do Sul chega atirando contra uma multidão de índios Terena da Terra Indígena Buriti, na retomada da fazenda Buriti. Um tiro atinge mortalmente Oziel. A violência e insanidade com que o Estado brasileiro trata seus primeiros habitantes é revoltante. Os Terena, assim como os Kaiowá-Guarani, estão submetidos ao terror da violência, por exigirem seus direitos às suas terras.
Desde 2003, quando retornaram pela primeira vez ao pedaço de seu território tradicional, foram violentamente expulsos pelos jagunços e polícia. O mesmo se repetiu em 2010. E o processo legal foi se arrastando, o relatório antropológico de regularização confirmando a terra indígena. Outra decisão judicial embarga a conclusão do processo de regularização. Poderosos interesses políticos e econômicos, articulados no governo do Estado e com a conivência do governo federal e da justiça.
Um grupo Terena continua sua longa peregrinação por esse país do latifúndio e agronegócio, que continua negando terra e paz para os primeiros habitantes. Estão quase na divisa do Mato Grosso com o Pará. Onde irão parar? Talvez fora do país, ou no mar, pois os males tomaram conta desse Brasil. Ao ser informado sobre o brutal assassinato de Oziel, Gildo deve ter chorado é indignado lembrou aquela cena violenta do início dos outros 500 anos de invasão.
Oziel, mártir e herói do povo Terena na luta por seus direitos e território é plantado no coração do Território e memória deste povo e dos povos do Mato Grosso do Sul e do Brasil.
Cartas e manifestações de solidariedade ao povo Terena e repúdio à brutalidade genocida com que os povos indígenas estão sendo tratados, chegam de todos os cantos do país e exterior. Os povos indígenas estão mobilizados, tanto no canteiro de obras de Belo Monte quando nas retomadas dos Terena. Até quando os interesses do agronegócio e os discursos do Conselho Nacional da Agricultura contra os direitos dos povos indígenas irão prevalecer semeando violência pelo país afora?
Na declaração da Marcha e Conferência Indígena, os 3.500 indígenas afirmam:
Apesar do peso da velha história, inscrita nas classes dominantes deste país, na sua cultura, nas suas práticas políticas e econômicas e nas suas instituições de Estado, já lançamos o nosso grito de guerra e fundamos o início de uma nova história, a grande história dos "Outros 500". (Coroa Vermelha, Bahia, 21 de abril de 2000).
Povo Terena Povo guerreiro, Último dia de maio de 2013.

Fonte:  http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=75622

segunda-feira, 3 de junho de 2013

MinC promove oficina para implementar sistemas estaduais e municipais de Cultura

Publicação: 03/06/13 | 11H06 - Última Atualização: 03/06/13 | 11H06     
 
Serão realizadas 17 oficinas em todo o país, e em Salvador a atividade acontece nos dias 05, 06 e 07 de junho na Casa dos Sete Candeeiros

Durante os dias 05, 06 e 07 de junho, o Ministério da Cultura (MinC) realiza, em Salvador, a Oficina de Implementação de Sistemas Estaduais e Municipais de Cultura. A oficina acontece no auditório da Casa dos Sete Candeeiros (Rua São Francisco, nº32, Sé) – que é a primeira Casa do Patrimônio na Bahia e foi reaberta em maio após passar por uma reforma de dois anos. A ação é coordenada pela Secretaria de Articulação Institucional (SAI/MinC) e conta com a co-realização da Representação Regional do MinC na Bahia e Sergipe e apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).

Cada oficina apresentará os conceitos, princípios e componentes do Sistema Nacional de Cultura (SNC) para a gestores responsáveis pela execução dos planos de trabalho de municípios que celebraram Acordos de Cooperação Federativa com o MinC, comprometendo-se a criar e a estruturar os sistemas de cultura e seus componentes.

Já se inscreveram gestores das cidades de Estância, Água Fria, Alagoinhas, São Francisco do Conde, Dias D’Ávila, Candeias, Itapicuru, Valença, Cairu, Simões Filho, Catu, Barreiras, Mansidão, Iaçu, Saubara, Rio Real, Salinas da Margarida, Andaraí, Sátiro Dias, Itabuna, Quixabeira, Barro Alto, Aurelino Leal, Madre de Deus Lauro de Freitas, Mascote, Nordestina, Feira de Santana e Salvador.
Serão promovidas 17 oficinas em todo o país para capacitar os agentes culturais envolvidos na construção de sistemas de cultura em estados e municípios. Já foram realizadas atividades nas cidades de Cuiabá, Goiânia, Campo Grande e Natal.
SNC – O objetivo do Sistema Nacional de Cultura é fortalecer institucionalmente as políticas culturais da União, estados e municípios, com a participação da sociedade. A inspiração para o SNC veio dos resultados alcançados por outros sistemas de articulação de políticas públicas instituídos no Brasil, particularmente o Sistema Único de Saúde (SUS).

Em estágios diferenciados, o SNC está em pleno andamento no Brasil. Até o momento, 22 estados, o Distrito Federal e 1777 municípios assinaram ou estão prestes a assinar o Acordo de Cooperação Federativa – ato bilateral formalizado entre Governo Federal, estados e municípios. Cerca de 750 municípios já cumpriram todas as fases de formalização do acordo iniciando o processo de construção dos sistemas de cultura.

Na Bahia, 139 município já aderiram ao SNC através do Acordo de Cooperação Federativa, segundo dados recentes do MinC.

A Meta 01 do Plano Nacional de Cultura – PNC para 2020 é a de que o Sistema Nacional de Cultura esteja institucionalizado e implementado, com 100% das unidades da Federação e 60% dos municípios com sistemas de cultura institucionalizados e implementados. Recentemente, o SNC passou a fazer parte do arcabouço jurídico brasileiro com a promulgação da Emenda Constitucional nº 71/2012.

Neste ano, A 3ª Conferência Nacional de Cultura, que acontecerá de 26 a 29 de novembro, traz como tema Uma Política de Estado para a Cultura: desafios do Sistema Nacional de Cultura.

Serviço

Oficina de Implementação de Sistemas Estaduais e Municipais de Cultura
Quando: 05, 06 e 07 de junho, das 9h às 18h – horário sujeito a alterações
Local: Casa dos Sete Candeeiros
End.: Rua São Francisco, nº32, Sé

As atividades são gratuitas e exigem inscrição prévia via email representacaobahia@cultura.gov.br

Contato Regional MinC Bahia e Sergipe: (71) 3417-6913/6915/6916/6918/6923

Fonte: http://www.cultura.ba.gov.br/2013/06/03/minc-promove-oficina-para-implementar-sistemas-estaduais-e-municipais-de-cultura/

VI Seminário do LEME: Lições da Etnicidade: Diversidade e Cidadania


VI Seminário do LEME
“Lições da Etnicidade: Diversidade e Cidadania”,

CCHLA/UFRN, Natal, 04 a 07 de junho de 2013


PROGRAMAÇÃO
04/06 – TERÇA-FEIRA
14:30 h – 18:30 h – Minicursos

 1. AMBIENTE, DISCURSOS E IDENTIDADES NO SEMIÁRIDO.
Ministrantes: Edson Silva (Coord., UFPE), Rozeane Lima (UFCG)
Local: 2I13

 2. DOCUMENTOS MANUSCRITOS DO ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO DE LISBOA: FONTES PARA A HISTÓRIA INDÍGENA COLONIAL.
Ministrante: Lígio de Oliveira Maia (Coord., DEH/UFRN)
Local: Sala 2C4

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO AUDIOVISUAL NO CAMPO DA ETNICIDADE.
Ministrantes: Marcos Alexandre Albuquerque (Coord., UERJ), Juliana Barreto (UFAL).
Local: Sala 2C5

4. Etnohistória potiguara e legislação indigenista
Ministrante: Antonio Pessoa Gomes (Cacique Caboquinho de Aldeia Forte, Potiguara, PB)
Local: Laboratório II (DAN/CCHLA)
19:30 h – 21:30 h – CONFERÊNCIA DE ABERTURA
Prof. Antônio Carlos de Souza Lima (PPGAS-UFRJ).
Local: Auditório da Biblioteca Central Zila Mamede

05/06 – QUARTA-FEIRA
MESAS-REDONDA (MANHÃ, TARDE e NOITE)
8:30 h – 10:30 h – MESA 1
Tema: Historicizando o Campo da Antropologia Indigenista no Nordeste: anos 70, uma década fundamental.
Coordenador: José Augusto Laranjeiras Sampaio (Uneb-Anaí)
Expositores: Orlando Sampaio e Silva (UFPA), Beatriz de Góes Dantas (UFS), Maria Rosário Carvalho (UFBA).
Local: Auditório B, CCHLA/UFRN
10:30 h - Apresentação de Posters
Tema: Práticas e disputas em torno da “tradição” e de uma Cambinda na cidade de Taperoá-PB.
Autora: Érika Catarina de Melo Alves (Mestranda/UFPE)
Orientador: Fábio Mura (UFPB)
Tema: Tradições e identidade no Quilombo de Pitombeira
Autor: Gilvan Veiga Barbosa Neto
Orientador: Rodrigo de Azeredo Grünewald (UFCG)
Local: Auditório B, CCHLA/UFRN
10:45 h – 12:45 h – MESA 2
Tema: Presenças Negras no Rio Grande do Norte.
Coordenador: Edmundo Pereira (PPGAS/UFRN)
Expositores: Julie Antoinette Cavignac (PPGAS/UFRN), Luiz Carvalho Assunção
(PPGAS/UFRN), Muirakytan Kennedy de Macedo (DHC/CERES/UFRN)
Local: Auditório B, CCHLA/UFRN
14:30 h – 16:30 h – MESA 3

Tema: A fonte e o informante, o arquivo e o trabalho de campo: ruídos e silêncios na

compreensão do Outro.

Coordenador: Lígio de Oliveira Maia (DEH-UFRN)

Expositores: Maria Regina Celestino de Almeida (PPGH/UFF), Fátima Martins Lopes

(PPGH/UFRN), Rita de Cássia Neves (PPGAS/UFRN)

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

16:30 h - Apresentação de Posters

Tema: Ser Cigano em Patos – PB: analisando as relações interétnicas, de trabalho e

família.

Autora: Caroline Leal Dantas

Orientadora: Maria Patrícia Lopes Goldfarb (UFPB)

Tema: Refletindo construções teóricas sobre etnicidade e identidade étnica: expondo

os diferentes cenários entre os Ciganos da Paraíba.

Autora: Izabelle Aline Braz, Jessica Cunha de Medeiros (UFCG)

Orientadora: Mércia R. R. Batista (UFCG)

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

16:45 h – 18:45 h – MESA 4

Tema: Autenticidade e produção audiovisual em contextos étnicos.

Coordenadora: Silvia Martins (UFAL)

Expositores: Sebastian Gerlic (THYDEWAS), Siloé Amorim (UFAL), Marcos Alexandre

Albuquerque (UERJ)

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

 

06/06 – QUINTA-FEIRA

8:30 h – 10:30 h – MESA 5

Tema: História ambiental e a temática étnica no Semiárido.

Coordenador: Edson Silva (UFPE)

Expositores: Juciene Ricarte Apolinário (UFCG), Janailson Macêdo Luiz (UFCG), Rozeane

Albuquerque Lima (UFCG).

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

10:30 h - Apresentação de Posters

Tema: O Centro Calon de desenvolvimento integral: analisando as novas

configurações da comunidade cigana que vivem em Sousa.

Autora: Jamilly Rodrigues da Cunha (UFPE)

Orientadora: Mércia Rejane Rangel Batista (UFCG)

Tema: Etnografando Peças Políticas: um exercício sobre categorias e significados a partir dos pronunciamentos da Senadora Kátia Abreu.

Autora: Lígia Fonseca de França Carvalho (Mestranda, PPGAS/UFRN)

Orientadores: José Gabriel Correa (UFCG), Edmundo Pereira (UFRN)

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

10:45 h – 12:45 h – MOSTRA AUDIOVISUAL

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

14:30 h – 16:30 h – MESA 6

Tema: Processos territoriais e identitários no Litoral Sul da Paraíba.

Coordenador: Estêvão Palitot (PPGA-UFPB)

Expositores: Fábio Mura (PPGA/UFPB), Nivaldo Aureliano Leo Neto (UFPB), Amanda Marques (IFAL).

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

16:30 h – 17:30 h – MOSTRA AUDIOVISUAL

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

17:30 h – 19:30 h – MESA 7

Tema: Experiências de Pesquisa e Perícia antropológicas com povos indígenas no Nordeste e na Amazônia.

Coordenadora: Sheila Brasileiro (PRBA)

Expositores: Ana Flávia Moreira Santos (UFMG), João Pacheco de Oliveira (MN-UFRJ), Jorge Bruno Sales Souza (6ª Câmara da Procuradoria Geral da República)

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

 

07/06 – SEXTA-FEIRA

8:30 h – 10:30 h – MESA 8

Tema: Cultura, etnicidade e seus modos de significação: narrativas, memórias e tradições.

Coordenador: Carlos Guilherme do Valle (UFRN)

Expositores: Edviges Iório (UFSC), Rodrigo Grünewald (UFCG), Carlos Guilherme do Valle (UFRN).

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

10:30 h – 12:30 h – MOSTRA AUDIOVISUAL – CURTA DURAÇÃO

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

14:00 h – 16:00 h – MESA 9

Tema: Influência das agências de fomento na definição dos movimentos indígenas e Associativismo.

Coordenadora: Kelly Emanuelly de Oliveira (UFPB)

Expositores: Vânia Fialho (UPE), Sidney Clemente Peres (UFF), Hosana Santos (UFPE).

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

16:00 h – 17:00 h – MOSTRA AUDIOVISUAL – LONGA DURAÇÃO

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

17:00 – 19:00 h – MESA 10

Tema: O exercício da Antropologia e a Ética: algumas experiências e reflexões.

Coordenadora: Alexandra Barbosa da Silva (UFPB)

Expositores: Alexandra Barbosa da Silva (UFPB), Mariana Balen Fernandes (UFBA), Ruth Henrique da Silva (UFPB).

Local: Auditório B, CCHLA/UFRN

 

Comissão Organizadora

Edmundo Pereira (PPGAS/UFRN)

Carlos Guilherme Octaviano do Valle (PPGAS/UFRN)

Rita de Cássia Neves (PPGAS/UFRN)

Lígio de Oliveira Maia (DEH/UFRN)

Rodrigo Grünewald (PPGCS/UFCG)

Comissão Científica
Antonio Carlos de Souza Lima (PPGAS/MN/UFRJ)
João Pacheco de Oliveira(PPGAS/MN/UFRJ)
Maria Regina Celestino (PPGH/UFF)

Fátima Martins (PPGH/UFRN)

Julie Cavignac (PPGAS/UFRN)

Elisete Schwade (PPGAS/UFRN)

Lisabete Coradini (PPGAS/UFRN)

 

Fonte: Por e-mail (ANAI).